Avanço

Ministério da Saúde recebe remédio para tratamento da Covid

O medicamento não estará disponível para todas faixas etárias

O medicamento foi aprovado pela Anvisa, para uso emergencial, em março deste ano
O medicamento foi aprovado pela Anvisa, para uso emergencial, em março deste ano |  Foto: Agência Brasil
  

O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (29) um lote de Paxlovid, antiviral de uso oral indicado para tratamento inicial da covid-19. O ministro Marcelo Queiroga disse que o medicamento será distribuído para as unidades básicas de saúde e ficará disponível para pacientes acima de 65 anos de idade com alto risco de desenvolver formas graves da doença.

O remédio, composto por nirmatrelvir e ritonavir, é indicado para o uso nesses pacientes, assim que possível, a partir do resultado positivo para covid-19 e no prazo de cinco dias após início dos sintomas, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento foi aprovado pela Anvisa, para uso emergencial, em março deste ano.

“Agora, com a chegada dessa medicação, teremos mais um medicamento para os médicos que, com autonomia, poderão prescrever naqueles casos que estão indicados dentro do manual do uso”, disse Queiroga.

Poliomielite

Queiroga também falou sobre campanha de vacinação contra a poliomielite. Ele disse que apenas 6,2 milhões de crianças, de um total de 15 milhões de menores de cinco anos de idade, foram vacinadas contra a pólio, também conhecida como paralisia infantil. A meta do Ministério é imunizar pelo menos 14,3 milhões, ou seja, 95% do público-alvo, portanto ainda falta aplicar a vacina em cerca de 8 milhões para se atingir a meta.

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Multivacinação, destinada a ampliar a cobertura vacinal em crianças e adolescentes menores de 15 anos não vacinados em todo o estado, termina nesta sexta-feira (30.09). Iniciada em agosto, a expectativa da campanha era aumentar a adesão da população visando atingir a meta de 95% de cobertura vacinal para pólio em crianças menores de 5 anos. Apesar disso, apenas 30,5% do público previsto foi imunizado. Das 875 mil crianças estimadas, somente cerca de 267 mil receberam a proteção contra a poliomielite.

“Ainda está muito aquém dessa meta e é necessário um empenho redobrado para trazermos essas crianças para a sala de vacinação. Essa doença foi erradicada no Brasil em 1994. E nós não queremos mais poliomielite”.

A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite foi estendida até amanhã (30). Queiroga explicou, no entanto, que mesmo após o fim da campanha, as vacinas continuarão disponíveis nos postos de saúde. “É inaceitável que crianças sofram por doenças que são evitáveis por vacinas”, disse.

Multivacinação

Junto com a campanha de imunização contra a pólio, também está sendo realizada uma campanha de multivacinação para crianças e adolescentes até 15 anos de idade, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal no país.

“O sarampo foi reintroduzido [no país] em 2019. Temos trabalhado fortemente para erradicar o sarampo no Brasil. A febre amarela também é motivo de preocupação”, disse o ministro.

Queiroga afirmou ainda que 50 mil doses de vacina contra varíola dos macacos estão chegando ao Brasil, para serem aplicadas em um grupo específico de pessoas.

Agência Brasil

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